Noite a noite Chicote que lasca
O vento
reticente
Falqueja âncoras.
em pelaja braba.
Afia navalhas É Sísifo
Ri á toa
Pedra que cresce
No quintal.
a caminho.
Verga caules Sobranceiro
Que embalam ao ceifar o trigo
Em vão.
Quer
retê-lo.
Todos ouvem Seus moinhos
Toques de espada reacendem
Incessante combate. campos minados.
Fio a fio
Espelha
Desdobra lâminas metal
Facas afiadas e
seus lagos.
Noite a noite É
criança
Forja formas, Ao abrir
e retorna lago. Pandorgas.
Nos arvoredos Cavalo
de pau...!
Vociferando... Andando: upa...! upa...!
Frutos da maldição Meu amor!
Ao partir
Patas soltas
Aflora ramadas, - verte chuva –
Desapego e chão. negros rebanhos.
Eterna viração, Açoite à mão,
- Noite a noite - repasto
e trilho:
recorte e cava. Canção e exílio.
Onévio Zabot
Nenhum comentário:
Postar um comentário